Amigos, alguns, vão e voltam para o nosso cotidiano sem nunca terem saído de nossas vidas. Assim é com Jujuba, colega lá no início da jornada, amiga logo depois e que agora, quase 20 anos na frente, retorna à cena no mesmo ambiente de trabalho. Tão doce quanto o apelido, tem me abastecido de delicadezas que brotam em volta da sua casa, no mato, como gosta de lembrar, como sonhou. - Ai, que coisa mais linda! - paraliso na frente da sua mesa com os olhos fixos na garrafinha com a flor estranha. - Ah, isto é inço lá em casa. - Como assim? Desde quando bromélia é inço, amiga? Tens um tesouro nas tuas terras e não me contavas!
Amigos costumam dividir seus tesouros, mesmo quando não são assim tão abundantes como as flores da "floresta" da Jujuba. Então, na sexta-feira, encontrei um buquê de "inço" colorido ao lado do teclado. Surpresa de quem acordou mais cedo para colhê-los - pensei e me derreti. Quando fui ajeitá-los à tardinha em casa, olhei para o lado e encontrei o gnomo adesivado na vidraça. Estranho, algumas coisas que nos acompanham por muito tempo parece que ficam invisíveis... - Há quantos meses não te via, criatura - falei com os botões encarando o duende que mora aqui desde aquela época da chegada da Jujuba na minha história. Primeiro presente seu que já projetava o roteiro da amizade. Apostando que ela não deve mais lembrar dele, aí está ele abrindo o post de hoje para surpreendê-la. Obrigada, Ju! Que a nossa alma menina, ajustada a nossa (pequena) estatura, nos garanta continuarmos assim: criançonas que se renovam com surpresas e acreditam, sim, no invisível, como amizades compartilhadas também em longos períodos de silêncio (e em gnomos, por que não?).
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Fogo do sul
Porque o inverno continua e enquanto ele reinar por aqui os fogões a lenha seguem acesos...
Na cozinha dos amigos que recebem com almoço preparado sem pressa, no ritmo das brasasNa tenda de produtos da colônia na BR 116, em Picada Café, cozinhando pinhões para os viajantes
Na minha sala, colorindo de laranja quente as noites geladas
"Já sugeri que teologia é coisa que deve ser feita na cozinha. Claro que não é qualquer cozinha. Cozinha de microondas e fogão a gás não serve. Sei que é mais prático. Fogão a lenha é coisa complicada. É preciso muita arte para acender o fogo. E é preciso cuidado para que ele não se apague. Mas que sonhos me faz sonhar um forno de microondas? Que sonhos me faz sonhar um fogão a gás?" (Rubem Alves)
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Picasso também nas palavras
No espelho, para lembrar que o segredo está no olhar, sempre.
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