Será que a histórica rivalidade entre colorados e gremistas, apesar de não curtir futebol, era a razão da minha antipatia de até bem pouco tempo pela combinação vermelho e azul? Ou seria culpa da associação com a bandeira norte-americana, que segue não caindo nas minhas graças estéticas (nem com todo talento da rainha do craft Martha Stewart inventando moda para as comemorações do 4 de julho), muito menos nas graças políticas e tanto mais que representa? Uma coisa é certa: nem tudo que repudiamos um dia permanece nos causando mal-estar. De outra coisa também não tenho dúvidas: o olho desperta para novidades quando menos se espera e, aí, o que até então desagradava, num belo dia mostra sua outra face. Quando vimos, temos novos amores. Assim, com a colaboração de uma profusão de imagens casando azul e vermelho pelos blogs afora, acabei rendida. Hoje engrosso a turma dos apaixonados pelo casamento dos rubros com celestes, turquesas, anis...
Renovei então a despensa das linhas e tenho palpitações a cada descoberta de um novo tecidinho que conjugue as cores, como o da toalhinha que me acompanha nos últimos dias. Ela já deveria estar pronta e ter tomado o rumo da casa da presenteada, que aniversariou ontem, mas faltou mão e sei de antemão que serei perdoada pelo atraso. Confiança que as amizades estabelecem como só elas, né? Tem também aqueles em quem confiamos de olhos fechados enquanto abrimos o pacote, os que acertam sempre na escolha de nossos presentes. Com o filho é assim, a afinidade mútua com a cozinha garante, mesmo que nossos olhares de menina e menino, de amadora e de profissional, peguem caminhos opostos nos detalhes. Muitas vezes ele consegue driblar a situação e encontra um caminho do meio, com peças "unissex". Noutras, se rende um pouquinho às mimosices que sabe renderão um plus de alegria na alma cor de rosa da mãe, e ganha o dobro de beijos. No Dia das Mães, não deu outra: as xícaras em pares vermelhos e azuis, em tons vintage, me fizeram feliz em dobro. Pela beleza das peças de louça portuguesa e por sua sensibilidade para conhecer até minhas paixões recentes, ataca-me a corujice cada vez que vão à mesa.
Nessa semana cinzenta, suas cores parecem mais desbotadas nas fotos, mas ao vivo, garanto que ajudaram a quebrar a monotonia dos cafés, mais ainda tendo como fundo as cerejinhas da Bela. Mas faltava um item nesse cenário para entrar por instantes no País das Maravilhas. Bolinhos, é claro! E para buscar outras novidades, testei o Bolo de Cenoura e Nozes, da última edição da Claudia Comida&Bebida, dispensando recheio e cobertura, requinte e calorias demais para uma Alice de mentirinha.
Nessa semana cinzenta, suas cores parecem mais desbotadas nas fotos, mas ao vivo, garanto que ajudaram a quebrar a monotonia dos cafés, mais ainda tendo como fundo as cerejinhas da Bela. Mas faltava um item nesse cenário para entrar por instantes no País das Maravilhas. Bolinhos, é claro! E para buscar outras novidades, testei o Bolo de Cenoura e Nozes, da última edição da Claudia Comida&Bebida, dispensando recheio e cobertura, requinte e calorias demais para uma Alice de mentirinha.
Vale experimentar:
1 cenoura grande ralada grosso
1/2 xícara de nozes trituradas
1 xícara de açúcar
2 ovos grandes
90 g de manteiga sem sal derretida
1 1/2 xícara de farinha de trigo1 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (sopa) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de canela em pó
Na batedeira, bata a cenoura com as nozes e o açúcar.
Junte os ovos e a manteiga e bata por mais um minuto.
Sem parar de bater, adicione a farinha misturada com o fermento, o bicarbonato e a canela até a mistura ficar homogênea.
Em fôrmas ovais de 12 cm untadas e polvilhadas com farinha (usei uma pequena de orifício central e outras de papel para cupcake), leve ao forno moderado, preaquecido, por 25 minutos ou até dourar.
Rendeu 6 bolinhos, de massa delicada e sabor suave, deliciosos.
Bom final de feriado, quem sabe com bolinho, hum? Amém!