Na véspera do aniversário do meu fiel escudeiro, como diz a querida Helô, o sobrinho Bruno, mostramos que levamos mesmo a sério a constatação aquela que diz que a festa começa nos preparativos. Prontinho para comemorar sua primeira década, vestiu o avental e provou que nesses 10 anos aprendeu bem mais das lidas da confeitaria do que essa tia julgava. E como num desses reality shows gastronômicos, abraçou o desafio e o bowl delegando-me a simples tarefa de auxiliar na orientação dos ingredientes e na logística do forno e coberturas dos seus bolinhos.
Resolvemos preparar duas receitinhas da Ana Sinhana, várias vezes testadas e aprovadíssimas. Esta daqui permite muitas variações, como mostrei aqui. Aproveitamos essa outra sugestão da Ana e os pequenos cortadores de biscoito entraram em ação. Muita calma nessa hora - pedia ao petit patisserie - mas mesmo que eles rachem um pouquinho, depois de "nevados" a imperfeição desaparece.
Resolvemos preparar duas receitinhas da Ana Sinhana, várias vezes testadas e aprovadíssimas. Esta daqui permite muitas variações, como mostrei aqui. Aproveitamos essa outra sugestão da Ana e os pequenos cortadores de biscoito entraram em ação. Muita calma nessa hora - pedia ao petit patisserie - mas mesmo que eles rachem um pouquinho, depois de "nevados" a imperfeição desaparece.
E a neve de açúcar de confeiteiro cobriu as tampinhas recortadas (e parte do chão da cozinha...rs).
Usando o doce mais saboroso que meu paladar elegeu quando criança e nunca perdeu o posto, o leite condensado cozido na lata, fizemos uma ganache agregando colheradas dele com chocolate meio-amargo e um pouquinho de creme de leite. Tudo misturado em banho-maria, ganhou uma consistência ótima e açúcar na medida. Recheamos os muffins com uma colherada farta e os vazados ficaram bem preenchidos de marrom escuro, num belo contraste.
É chegada a hora tão esperada de colocar as etiquetas preparadas por Bruno com antecedência. Criar e assumir a assinatura é quase um rito de passagem nessa época boa da vida, não é mesmo? Treiná-la, lembro bem, ocupava páginas dos cadernos. O "quase pré-adolescente", como se define, exercitou bastante personalizando a produção, e se saiu bem também nessa etapa.
Na segunda fornada da mesma receita, usamos rodelas de banana, polvilhadas com açúcar e canela, distribuindo um pouquinho de massa no fundo das forminhas de papel, banana e outra camada de massa. Depois de assados e frios, foram cobertos com a sobra do leite condensado e um detalhezinho da ganache.
Na segunda fornada da mesma receita, usamos rodelas de banana, polvilhadas com açúcar e canela, distribuindo um pouquinho de massa no fundo das forminhas de papel, banana e outra camada de massa. Depois de assados e frios, foram cobertos com a sobra do leite condensado e um detalhezinho da ganache.
Mas não poderiam faltar os bolinhos mais amados pelas crianças (as grandes, inclusive), e os cupcakes de chocolate mostrados nesse outro aniversário ganharam confete sobre a ganache (que ainda sobrou para o confeiteiro comer purinha).
E como o dono da festa é "multifuncional", fechamos a cozinha com o garoto-propaganda fazendo o marketing do seu próprio produto, entusiasmado com a façanha realizada em tempo recorde, com os melhores resultados. Vamos abrir uma confeitaria? - fui convidada assim que entramos no carro com as formas recheadas. Sorrio para meu sócio, voltando nos anos, quando a cada aniversário seu recebia o pedido de um bolo temático. Conto a ele algumas sinopses da minha vida de boleira de tempos atrás e ele entende que, hoje, só posso brincar de doceira. Um tanto nostálgica, reconheço que Bruno não só me alcançou na (pouca) altura, mas que também mostra maturidade para aceitar o bastão e dar conta de dar forma a seus sonhos.
"Não dê o peixe, ensine a pescar", acho que estou aprendendo, de preferência, na melhor companhia dos meus meninos mestre-cucas de cuca legal. Amém!