sábado, 17 de dezembro de 2011

Docinhos e fogãozinho de mentirinha, passeio de verdade

Desde o momento que vi os cupcakes natalinos de faz-de-conta da Mari, aqui na Casa com Retalhos, fui fulminada por aquela impressão de que nada poderia dali pra frente me fazer suspirar tanto e que eles seriam eleitos como a coisa mais fofa do Natal 2011. Sonhei com a ideia de fazer minha própria fornada, mas hoje, quando chegou a hora de botar a mão na massa e sentei para a preparação, logo descobri que teria que adaptar a ideia, como já é de praxe por aqui. Faltava o material adequado, mas nada me demoveria da intenção de fazer ao menos alguns bolinhos para adoçar o pinheiro. Reuni sobre a mesa as forminhas de papel e as bolinhas que sobraram de outras invenções e logo visualizei uma alternativa: ao invés de cupcakes, faria pequenos docinhos. Uma pena não ter forminhas brancas, mas as azuis quebraram o galho. Retirei o suporte de pendurar das bolinhas e colei nas forminhas com cola quente. Em seguida, "confeitei" cada docinho com "glacê" (cola dimensional branca) e coloquei uma "cerejinha" (miçanga, cuidando para deixar os furinhos livres da cola para depois passar um fio de linha e amarrar no pinheiro).

A remessa de gostosuras aguarda secagem para colorirem a árvore verdinha (de verdade) de Natal que vai sendo montada devagar. Prefiro assim: a cada dia brincar um pouco enquanto surgem novas possibilidades para cobri-la de graça.
Não são apetitosos? Ainda bem que nessa casa só circulam adultos e "quase pré-adolescente" , como se define o sobrinho Bruno. As crianças, acredito, não resistiriam. Mas acreditem: a menina que mora espaçosamente em mim também julgou que não resistiria a outro sonho inesquecível desse Natal. Ei-lo:
O fogãozinho, uma réplica perfeita, que funciona!, foi construído por um antigo funcionário de uma empresa de fogões a lenha, morador de Curitiba, que tem hoje 95 anos - me contou Gládis, a simpática, criativa e talentosa confeiteira, proprietária da Padaria e Confeitaria Michel und Hansen Marichen, em Morro Reuter (RS), onde a belezura está exposta em lugar de honra.- Ei, Papai Noel, quero taaaanto um pra mim! - tive vontade de clamar na frente do mimosice, conforme abria as portinhas e descobria as forminhas de bolo no forno. Enquanto isso, lá fora, um presente muito, muito maior enchia meu coração de alegria.
Levar a mãe pra passear depois de muitos meses recolhida, recuperando-se do AVC e complicações, e vê-la curtindo o passeio, faceira, é bênção que minhas palavras não alcançam explicar, só agradecer. Talvez o Natal tenha se antecipado, e neste sábado o comemoramos com o café fresquinho e os salgados tenros da doce Gládis, no pé da serra que tanto nutre minhas melhores lembranças.

Para fechar o dia tão especial, minhas feituras natalinas estão hoje numa das vitrines virtuais que mais admiro, o BananaCraft. Obrigada, Dani!

Obrigada também a todos que passam por aqui pela boa companhia nessa trilha de Natal. Amanhã (hoje) haverá de ter mais. Amém.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Coroa na fôrma


Quase dou o bolo na amiga Cris nesta Sexta de Ideias, mas tirei a fôrma do armário ainda a tempo de participar com mais uma opção para decorar o ninho para o Natal com elementos que temos em casa. Gosto especialmente de dar novo destino aos utensílios da cozinha. Xícaras, pratos, canecas, cortadores de biscoito sempre rendem delicadezas quando agrupados a outros objetos, fitas, flores E assim foi rapidinho montar a coroa de advento na fôrma de bolo, linda por si só. A ideia veio de uma das "casinhas de boneca" mostradas pela vizinha Solange Fernandes. Primeiro, montei os "castiçais" colando as quatro velas no topo das pinhas. Usei cola quente. Amarrei um lacinho de fita mimosa na base de cada uma delas. Depois, foi só ajeitar alguns galhinhos de cipreste dentro da fôrma com água e dispor as velas.

A coroa chegou atrasada para o ritual de acender uma vela a cada domingo que antecede o Natal, por isso, não resisti em quebrar de vez o protocolo e ter toda a guirlanda iluminada para fotografar. Parece que só nesse momento o clima da festa, que sempre foi a mais bonita do ano para mim, se instalou na atmosfera aqui de casa. E só por isso já valeu tirar a ideia do arquivo.

A mesma fôrma, uma relíquia que sempre faz bonito na parede da cozinha, também brilhou no Natal passado. Emborcada, virou castiçal grandão, com os mesmos ciprestes e vela robusta.


Gosto, muito, das duas formas. Cada vez mais, gosto menos dos arranjos, bonecos e objetos de decoração natalina em profusão nas lojas e supermercados, a grande maioria, made in China. Tenho uma quase lei frente a isso: só são bem-vindos, quando presenteados. Aí ganham valor, o afetivo. Comprar, mesmo que o olho brilhe por instante por alguma peça mais criativa, não compro não. Sei de antemão que são as singelas criações caseiras que realmente me fazem bem. E por falar nisso, a ideia desta Sexta da Cris tá imperdível. Não deixa de passar e ver a lindeza dos seus murais confeccionados com bandejas.

Se tirar as fôrmas do armário, não deixe de me contar e mostrar. Será uma alegria.

Até amanhã, com mais um capítulo da saga natalina. Amém.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Para o dia não passar em branco...

...uma ideia muito, muito simples para colorir a casa com as cores tradicionais do Natal: uma folhagem bem verdinha, no caso, uma empatiens que acaba de perder as flores + bolas vermelhas de tamanhos variados, fixadas com palitos de churrasquinho + uma lata que se gosta muito. Curto as tantas e tantas inovações na decoração natalina que venho arquivando para me atrever a sair da mesmice, mas aprovo também o que nasce da reinvenção do que nos cerca. Este Natal está seguindo este caminho naturalmente, e gosto que seja assim.
Amanhã tem Sexta de Ideias, e tem mais verde-vermelho que vem da natureza
. Amém.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Com a bênção da fada

Dia de finalmente enfeitar o pinheiro, e a bagunça vai desalojando todas as criaturas que moram na sala. Cacau, a fada da fertilidade, ganhou outro cenário, foi morar junto ao "bolão" de Natal.
Parece tão faceirinha com a mudança, que não resisti fotografá-la para inspirar-me a também curtir o novo layout desses dias curtos de dezembro. Que a sua serenidade contagie a todos nós. Amém.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Recado dos gnomos

Depois do Alfredinho, chegou a hora do Betão dar as caras por aqui. Quem me acompanha de outros Natais sabe que essa é paixão muito, muito antiga, e que em dezembro, mais ainda do que em outros meses, o povo pequeno invade a casa. Alguns saem de seus lugares consagrados e se mudam para pequenos cenários natalinos. Outros, que durante o ano dormem junto aos enfeites do pinheiro, finalmente despertam e acordam a graça que guardam, acredito, só pra me agradar. Betão veste as cores da cozinha "nova", azul e vermelho, e se instalou na peça esmaltada que um dia pertenceu à alguma vó alemã. É a vedete do cômodo. A relíquia foi arrematada já fez tempo nos saldos da loja da amiga Anelise Bredow, e o cartão imantado também. Será que a vovó aprovaria seu novo uso, com a lousa adesivada? Creio que originalmente servia para pendurar utensílios junto ao fogão, mas adorei sua outra função inventada juntando uma coisinha e outra, como o anjo em forma de fôrminha de bolo, presente de uma querida que também vive com um pé no mundo da Lua, cercada dos elementais.

Que a semana seja iluminada de uma certa magia pra todos nós! Amém.