Na véspera da despedida de Praia Grande, o roteiro das turistas no Espírito Santo guardava outras surpresas conduzidas por gentilezas de capixabas que deixaram sua boa-vontade, que vale ouro, carimbada em nosso coração perfumada de incenso e mirra. Chegamos ao alto do morro que abriga a Igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida, graças à mão estendida em forma de quatro rodas de nosso anfitrião hoteleiro, um gesto sem preço que nenhum cartão de crédito pensaria em usar na sua publicidade. O Sol já se preparava para dormir atrás das montanhas, e nossa perspectiva era de encontrar o templo fechado. Mas fomos salvas pelo horário estendido do feriado de carnaval, outra bênção que nos fez rir à toa e acreditar que o crédito de tanta sintonia deveria ser mesmo dos Magos que habitam a atmosfera do lugar (histórico).
Do mirante, o mar exibe sua imensidão em comunhão com a imensidão do céu, e nessa palheta de azuis prateados, impossível não reconhecer o sagrado...
que continua banhando o olhar à esquerda pelo rio que também leva o nome dos Magos...
Do mirante, o mar exibe sua imensidão em comunhão com a imensidão do céu, e nessa palheta de azuis prateados, impossível não reconhecer o sagrado...
que continua banhando o olhar à esquerda pelo rio que também leva o nome dos Magos...
e funde-se ao mar bem à nossa frente (ops, às nossas costas, só no momento do clic).
O passeio ao segundo ponto turístico mais visitado no ES (o primeiro, Convento da Penha, coincidentemente foi a nossa primeira visita no estado), deu o que falar, pensar, meditar... Assim como a mandala esculpida em uma das portas da igreja, viajar exercita também a capacidade de focalizar no nosso centro, e a permitir que o imprevisível circule livre em volta. Graças a Deus, e aos gentis anfitriãos, como presente maior, giramos em harmonia com tudo e todos que brincaram de cirandar com essas viajantes.
E como a roda continuou girando, vem aí o episódio tão esperado: Eu estive lá, na cidade da Lá, na casa da Lá, na sala da Lá!