Há duas semanas pude dar um grito de guerra há muuuito planejado: Xô, xô, xô, verão!!! Ao menos dentro de casa, entenda-se sala/cozinha e quarto, calorão não tem mais vez! E no mesmo dia em que o santo e abençoado split foi instalado, tratamos de brincar com as coisas tããão boas do inverno. Com a temperatura programada em 18/20 graus, a vida voltou a ter paz e as curtições do frio pularam loguinho da gaveta das vontades reprimidas há meses. A primeira delas não poderia ser outra senão o bom e velho ritual de botar a mão na massa e na coleção de cortadores para uma bela fornada de biscoitos.
Também não teria melhor cúmplice para tornar real esse clima de mentirinha do que meu fiel ajudante biscoiteiro. Bruno apostou desde o primeiro momento que a receita escolhida não daria certo. Sob minhas vaias e insistência, levamos o projeto adiante. Desde o Natal, namorava a lindeza dos biscoitos da Paula (veja aqui) e queria porque queria experimentar a novidade de vitrificar com balas. Tudo ia bem até o probleminha técnico que pôs tudo a perder: faltava a placa de silicone (silpat) para assar os biscoitos e a bala derretida não grudar na fôrma. Moral da história: o aprendiz superou a mestra e, derrotada, salvei um único coração e cortamos o restante da massa da maneira de sempre, em peixinhos, borboletas, ursinhos...
Se aqui dentro nem o forno aceso incomoda, quando lá fora o Sol inclemente torra grama, flores e a pele em minutinhos de exposição, o milagre vai rendendo mais e mais. Dá até para buscar a sacola das lãs e ensaiar uns pontinhos.
É bom treinar mesmo. Na casa ao lado, pezinhos cor-de-rosa, a imagem da graça, precisarão de sapatinhos quentes quando o inverno de verdade chegar.


Anelise
Talvez também encontre nelas a porta de saída para essa realidade paralela que nos ampara para viver com mais atenção. Como disse tão bem a 






