Há quase dois meses, todos os meus dias são das mães, como costumamos pregar nessa data, mas que só agora vivencio como uma realidade intransferível. A dedicação à minha mãe, recuperando-se de um AVC, me transporta ao tempo do filho pequeno e me vejo com os mesmos "sintomas" daquela época. Acometida por essa estranha e milagrosa força de leoa que a maternidade nos confere, rastreio seus sinais, perto ou à distância, e movida pelo imenso desejo de vê-la bem, todo esforço é logo esquecido e recompensado pela alegria das demonstrações diárias de melhora.
Hoje, ganhei dois presentes lindos! Como filha, nada poderia me fazer mais feliz do que a companhia faceira de minha mãe para o almoço aqui casa. Como mãe, nenhum outro gesto acariciaria melhor meu coração do que as mãos carinhosas do meu filho preparando a refeição. Um banquete de amor! (amor bordado no roupão para aquecer-lhe na saída do banho, seu presente; amor escancarado numa maratona de declarações recíprocas, numa overdose curativa; amor pincelado por tantos que por aqui passam, compreendem minha ausência e seguem na torcida ). Em coro com sua voz e sua alma, agradecemos as duas por todas essas bênçãos. Amém!