sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Entre meias e flores (roubadas e choradas)


A ideia foi roubada de tantos blogs que vi por aí desse reaproveitamento dos pares de meia desmantelados, aquela velha história do buraco negro que engole um pé de meia e deixa o outro à espera de um saci ou... de um vidrinho para ser coberto e virar vasinho charmoso, ou porta-lápis e guarda-pinceis fofos.

Veio muito a calhar nesta sexta e já nos 47 minutos do segundo tempo, me salvou de dar o bolo na Cris. Mais rápido, impossível.

Vista um pote de vidro com a meia e corte o calcanhar, deixando uma sobrinha. Costure para fazer o acabamento na parte debaixo do vidro. Em vidros cilíndricos, faça um franzido. Muitos têm uma reentrância na sua base
que permite ajeitar o arremate.

Depois de vestidos, os meus, um acinturado (de Nescafé) e outro magrinho (de azeitonas), ficaram assim:
Hora boa de ajeitar as flores, também roubadas, na fugida a Gramado no meio da semana. Da cidade das hortênsias, trouxe um buquê delas, apanhado na beira da estrada, onde os milhares de pés começam a florescer, preparando o caminho mais florido do Sul aos visitantes de todos os cantos do planeta que chegarão em breve para o Natal mais encantado.
Do meio da mata que abriga a pousada Chalets do Vale, um lindo lugar, diga-se de passagem (depois conto mais dessa paragem), veio essa espécie nativa com formas e tom tão únicos que roubaram meu olhar à distância.
No vasinho cor de rosa, belíssimas rosas vermelhas. Ainda que minhas preferidas sejam sempre as amarelas, essas me cativaram feito a do Pequeno Príncipe .
As robustas cachopas com 4 a 5 rosas graúdas, avistadas e "suspiradas" em alguns jardins divinos na subida da serra, foram motivo de uma romaria às floriculturas atrás de mudas. Sem notícias delas e frustrada com a possibilidade de voltar com as mãos vazias, mudei a tática. Na última parada, algumas roseiras lá no fundo reacenderam a esperança. Fui logo avisada que eram as últimas e não estavam à venda, serão matrizes de novos pezinhos no próximo maio, época de plantar e fazer mudas. Murchei e com olhar "pidão", quase implorei que vendessem então um galhinho. Funcionou: a florista continuou irredutível em não comercializar as beldades, mas estendeu-me um buquezinho como presente, e eu me desmanchei em agradecimentos. Presentou-me também com a promessa de que reservará as primeiras roseiras-bebês para mim, isso lá no mês do meu aniversário. Um presente anunciado que talvez ela não dimensione o valor. Fazendo pose, os dois bonitinhos no cenário ainda em andamento, projeto a 4 mãos com meu fiel companheiro de empreitadas, o sobrinho Bruno.
Prometo mostrar na próxima Sexta. Que Chronos diga amém!