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A réplica da igreja da praça dos pescadores em Garopaba (SC) faz parte do cenário em miniatura
montado sobre o baú que guardou o enxoval da vó do marido no início do século passado e depois, o meu. É um xodó que já passou até por batismo de fogo, quando abrigava o altar e, numa noite de cansaço que cega, esqueci de apagar a vela... Incendiária que movida a susto me fez uma bombeira ágil, apaguei as brasas com copos de água, numa cena ainda mais hilária por estar me recuperando de uma cirurgia na perna e pulando num pé só. O estrago foi pequeno, facilmente camuflado por uma madeirinha que cobre o buraco da base.
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A mini-aldeia de Natal é ecumênica. Nela convivem na mais santa paz e visível alegria papais-noéis, fadas, chola, duendes, coelhinha e até um buda. Alguns, felizes da vida por finalmente ter chegado a época de saírem da caixa, os outros - habitantes de todos os dias da sala - por ganharem a companhia dos amigos que anunciam a festa mais bonita do ano. A comunidade, cada um com sua casa, é a imagem mais linda que não canso de olhar e ajeitar, mais ainda quando anoitece e ganha a luz amarela do abajur. Posso também fotografar sem parar, em diferentes ângulos, como tem sido a cada noite, e o resultado quase sempre me faz querer imprimir para cartões. Então, para garantir que nossos olhos não percam o encantamento com o excesso de estímulo, vou apresentando aos poucos os moradores da Vila do Baú, em close.
Outro cenário...
Em tamanho natural, mas não menos arrebatador, encontrei como presente-surpresa numa passada em Dois Irmãos (RS) no fim de semana. A Igreja Evangélica Luterana, da comunidade São Miguel, com seu verde vintage, me convidou para um clic rápido do carro. Na porta, o rapaz, talvez pastor, estendeu o convite: Querem conhecer o pinheiro e o presépio? Sem pensar nem uma vez, entramos, e na frente da árvore esplendorosa, embasbacada, reconheci a origem desse contentamento que me toma nas semanas que antecedem o Natal. Vem de longe e, graças aos céus, continua tão perto.
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Todos os signos de uma época rica de inocência reunidos numa só árvore, emoldurada pelos vitrais, já seriam motivo para tocar lá no espaço das emoções ternas. Mas o que acabou por me derreter foi o cheiro tããão bom e esquecido do pinheiro, que como um teletransporte, devolveu por mágica o mistério das noites felizes de outros tempos.
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Gosto de pensar que às vezes, quando seguimos um caminho despretensiosamente, uma estrela-guia assopra o roteiro, pede para dobrar à esquerda, reduzir a marcha, olhar para o lado... todos os passos para nos presentear com algo que nem mesmo sabíamos o bem que nos faria. Que ela nos acompanhe, que tenhamos sintonia e confiança para ouvi-la. Amém!
Mais Natal...
Pensando na saúde do planeta, que nessa época sofre ainda mais com o excesso de lixo, a Ísis, do Poderosapontocom, lança a ideia bacana de embalar os presentes com furoshiki. Pra ver como se faz, clique
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