quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Piquenique com farofa

Tivemos um feriado de encomenda, com céu gaúcho anil, contrariando o tempo fechado que normalmente faz nessa data. Exatamente como pedimos na véspera, enquanto preparávamos nosso piquenique, ritual que sempre entusiasma a campista nem tão adormecida que mora nas minhas melhores lembranças.

O sobrinho Bruno é parceirão também nesses projetos e, organizado, lista tarefas e vai-se encarregando de algumas, como preparar os muffins da Ana Sinhana, primeiro quitute escolhido para o passeio. Os bolinhos viraram mania em casa desde que os descobri e mostrei aqui. Dessa vez, Bruno conseguiu fazer a receita do início ao fim. Precisou apenas da minha orientação e da minha assistência orgulhosa ao ver outro menino, como seu dindo, engraçado pela cozinha.Como recheio, rodelas de banana, entre duas camadas de massa (já fiz igual acrescentando uma colherzinha de doce de leite sobre a banana, e ficou delicioso).
A cesta terminou de ser recheada à noite com o pote grande azul guardando a maior atração: a tradicional galinha com farofa, sempre motivo de muitas recordações quando chega à mesa.
O dia amanheceu amarelo de sol na extensa e bela área verde do lago da Casa da Vovó, em Dois Irmãos, RS. Montamos nosso QG enquanto os meninos exploravam o terreno.Na boa companhia da natureza e de quem amamos o tempo balança a alegria...
E a maior sorte é ter uma criaturinha no alto da inquietação dos seus 9 anos, que nos chama para as pequenas diversões tantas vezes esquecidas. Brincamos de fazer comidinha, improvisando utensílios e ingredientes, para o almoço "na floresta". A toalha xadrez e a bagunça dão o tom do "evento" e, em volta da farofa festiva, desenrolamos histórias do passado em que ela esteve presente: os passeios da escola, as idas ao zoológico, as viagens à praia... Ouvidos atentos e fome de leão, Bruno vai escrevendo mais um capítulo da sua infância, com tamanha entrega ao cardápio, que arrisco o título: "Eu amo galinha com farofa!" (rs). Farofeiros assumidos não dispensam uma melancia geladinha na sobremesa (melhor ainda assim, sem sementes) ...
E na digestão, uma preguiça boa que não escolhe lugar para tomar conta.
Preguiça com quem fiz um trato sério ao me despedir do nosso dia feliz. Até o final de semana ela se compromete a ficar bem quietinha para que o trabalho ande por aqui. A fabriqueta dos pequenos móveis precisa dar conta das encomendas (como esta abaixo que acaba de ser entregue) e, para isso, talvez precise ser uma chefe mais severa de mim. Vamos ver como nos comportamos...

P.S: se ganhei o domínio sobre o ócio, perdi com o blogger, que hoje resolveu não me obedecer e a seu bel prazer colocar os textos em fonte gigante. Não considerem exibicionismo... (rs)