
Escolhi a frase para o primeiro cenário dos muitos que pretendo criar para citações que me falam à alma. Mas não foi dela que partiu a inspiração. As formas muitas vezes me dizem mais que as palavras. Então, tudo começou assim, numa caixa de bombons, presentinho escolhido com segundas intenções (rs) para o marido. Amei o coração gordo, e sabia desde a primeira olhada na prateleira que ele poderia render bem mais que um agrado para um chocólatra.
Forrei o fundo da base.
Encapei o lado interno e o externo com tecido floral.
Escrevi a citação com caneta para tecido em retalho claro e colei.
Depois, dei à luz uma menininha com cabelos coloridos que ama flores. Desisti de fotografar a "gestação" pelo improviso e jeitinhos que vou dando para formatar as bonequinhas. Sorry! O corpo normalmente é de arame, que torço, emendo, amasso. A cabeça, um fuxico, e as roupinhas, é só lembrar dos tempos em que brincar de costureira das bonecas eram horas que não se via passar. Acomodei a menina na sua casa-coração e escolhi dois outros elementos que me revelam para lhe fazerem companhia: flor de renda e borboleta (amor dos mais antigos).
O quadrinho se juntou a outras coisinhas que amo, e a parede ganhou outra vida com sua recém-chegada moradora. Amei!
Mas se amores antigos têm seu lugar sempre reservado, novos amores arejam a vida com ventinho de renascimento, eu sei. Talvez a frase pinçada para o segundo cenário anuncie que Saramago, tão amado por multidões, está se chegando devagarinho, fazendo a corte e, quem sabe, perderei a resistência várias vezes experimentada com seus livros nas mãos e acabarei seduzida por sua genialidade ainda encoberta pra mim.
Em temporada de procrastinação de verão, seu recado precisa ficar bem à vista.








Para não nos perdermos por aí, que em tempo algum a gente perca de vista o que amamos. Amém!