quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Outros achados em Garopaba

Como prometido no post de ontem, vamos seguir no garimpo pelas ruas, algumas bucólicas, de Garopaba. Para quem está chegando agora, clicando aqui você vai ao começo desse passeio. Para as meninas que se entusiasmaram com os achados e se perderam na minha situação geográfica, a amarga realidade (rs): voltamos de Santa Catarina ontem, e neste momento, o panelão escaldante do Vale do Sinos (RS) chia. Aff!
Voltemos então rapidinho, ao menos pelas imagens, ao paraíso!
Gosto muito desta casa, e sempre dou uma paradinha, como manda a placa (rs), para namorá-la. Casas me fisgam em qualquer escala, e assim como a Regina, do lindo blog Casa de Retalhos, sou obcecada por elas em miniaturas, em todos os estilos.
Imaginem então meu encantamento na frente desta luminária, com direito à cortina de bolinhas...
... e desta outra, uma casa de orações, réplica da Igreja Matriz, na ponta sul da praia que preserva o astral, o cotidiano e a história dos pescadores.
Como o dia anunciava mais chuva, a Feira de Verão foi a salvação para seguir explorando as maravilhas artesanais dos catarinenses, que há décadas respeito pela qualidade e originalidade. As casinhas, e outras peças bacanas de cerâmica, também estão expostas lá. Aqui, assim que coloquei o pé, sabia de antemão que a Susi, do Copy&Paste, fã incondicional do crochê, se sentaria para ver tudo com calma. Eu, perdi as palavras com o xale e, logo adiante, a voz, com o preço da peça em liquidação: 15 reais! Não é justo - me cobrava - com a mão na carteira. E a crocheteira só fazia aumentar minha culpa: Não paga nem a linha... - Eu sei, minha senhora, como sei! - murmurava com os olhos nas possibilidades. Fim da novela: ele veio comigo, mas provavelmente vai cobrir não meus ombros, mas o encosto da poltrona.
Só porque o Natal ficou logo ali atrás no calendário, resisti às muitas formas e formatos dos pequenos presépios temáticos dos bolivianos, sempre presentes com seu artesanato típico nas feiras aqui do sul. Sei que em dezembro lembrarei, e me arrependerei, mas...
Voltando à rua principal, a Flor de Vênus é sem dúvida a esquina mais encantadora aos meus sentidos. Extremo bom gosto somado a muita sensibilidade e pitadas generosas de ousadia só poderiam render um espaço que é cara e a alma da sua dona, a querida e talentosa Jane. Fico devendo para a próxima visita imagens das roupas artesanais, peças únicas belíssimas, carro-chefe da loja. Deixo a bolsa registrada como prova singela das minhas palavras.
Na outra vitrine, a maior delas, habitualmente dedicada a fadas e mandalas, este verão exibe esta ideia luminosa que muitas de nós já namorou pela net e que a criativa Jud ensina a fazer aqui. Várias lâmpadas foram transformadas em vasinhos, decoradas com glitter dimensional, pedrinhas, linhas, com efeito super delicado, perfeito para compor a cena junto com as criaturinhas aladas e as ¨bolachonas" de vidro. Sucesso reconhecido pelos veranistas que não se cansam de fazer um pit stop para admirar.
Bem ao lado, outras ideias luminosas na loja que produz suas próprias velas (e que, perdoem, esqueci o nome). Como já trabalhei com esse tipo de produção, dou um valor e tanto às peças bem-acabadas e criativas. Mas foi na calçada que parei mais tempo para olhar muitas vezes o expositor. Lembrei do pinheiro de sobras de madeira que fizemos aqui, e também deste endereço aqui, que "faz chover" com esse material.
Mas nem só de programas crafteiros se faz umas micro-férias gostosa. Outros achados também ficam para lembrar com ternura. Na pousadinha, uma menina felina demarcou seu território e ninguém ousou querer jogar xadrez e interromper sua soneca .
E os novos amigos (um deles mergulhando), todos com menos de 10 anos, dividiram muito na boa a hidro, os planos de verão, o papo solto e se ofereceram até a repartir a sobremesa, uma musse rápida de capuccino, que a mestre-cuquinha passou a receita com maior gosto.
Será que eles também se agitaram, meio eufóricos, para atravessar o túnel de Morro Alto? Na ida, o debut. Na volta, cliques e mais cliques para ilustrar o ditado tão batido, e tão verdadeiro: Quem procura, acha! Acha até a luzinha no fim do túnel!
Obrigada pela companhia, meninos parceiros de viagens de toda vida. Obrigada pela companhia, seguidores de fé do Amém. Que a gente continue juntos procurando e... achando! Amém!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Garopaba, com gostinho de quero mais

Garopaba (SC) é amor antigo, é saudade perene dos muitos verões com curtição sem igual nos acampamentos na beirinha da praia. Um formato de férias que se incompatibilizou com as condições físicas, mas que deixou um álbum de mil páginas no coração com recordações daquelas que fazem a vida valer dobrado.

Hoje, Garopaba amanheceu assim, mais linda do que nunca, com céu aberto e mar de ver os pés com água na cintura, depois de vários dias de muita chuva que castigou o Estado e turvou suas águas. E com essa promessa de um dia pleno de sol para lavar a alma e o corpo, nos despedimos desse querido paraíso quase fazendo beicinho, mas também agradecidos pelos quatro dias especiais que conseguimos roubar da agenda, em cima da hora, para uma fuga estratégica do calor e da mesmice.
Além das incontáveis belezas naturais, a cidade é reduto de outros agrados para os olhos. Para olhares crafteiros, então, o ideal é passar umas semaninhas percorrendo as dezenas de lojas, lojinhas, ateliês, bancas, feirinhas que reúnem um artesanato genuíno e também inovador. Com a chuva persistente, meu programa preferido em "Garopa" é mais justificado do que nunca e acabo levando na "garupa" a turma que procura distração enquanto o mar e o tempo estão fechados. Conforme vamos percorrendo parte do circuito das artesanias, vou lembrando de muitos de vocês que, com certeza, adorariam engrossar a fila dos passeadores. Na parada em um megabrique, quase ouvi as exclamações e os gritinhos de algumas garimpadoras de carteirinha (rs). Vai aí um aperitivo:No imenso pavilhão, nem em um mês inteirinho conseguiria-se ver tudo que mora ali. Fiquei tão impactada com o acervo de antiguidades e outras coisas e coisinhas com potencial pra isso e aquilo, que pouco fotografei. Por isso, algumas dessas imagens são do sobrinho Bruno, que se encarregou de registrar, entre outras, a cena "aérea", enquanto o filho se engraçava por um maçarico sueco que acabou vindo na mochila.
Já este clic é meu e adoraria que o objeto de desejo também o fosse. Com um equipamento desses, faria piquenique toda semana, talvez até com lenço na cabeça, para fazer jus à sua época (rs). Vintage de berço, o escolhido para as meninas daí que amam o estilo suspirarem profundo. No segundo piso (sim, o "massacre" é dobrado!...rs), Bruno encontrou estas relíquias e me avisou: "Tanana, tem muuuita coisa legal lá em cima!". Preferi evitar a escada e ver pelos seus olhinhos. Enquanto isso, me derretia em frente às tantas cristaleiras abarrotadas de delicadezas, como estas porcelanas florais que parecem roubadas de uma casa de fadas, não acham?
Amanhã o passeio continua com outros achados. A quarta-feira foi longa, a quilometragem também e tá na hora de dormir. Espero vocês para seguirmos garimpando pela bela Garopaba, combinado? Que tenhamos bons sonhos (quem sabe embalados pelo mar). Amém!