segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mesas floridas, apimentadas, iluminadas para os namorados


Se há coisa que me empolga é ser desafiada a encontrar soluções menos óbvias para projetos "arteiros". Gosto de todos os passos, até daquela angustiazinha que bate quando dá um branco na criatividade e é preciso reconhecer que o melhor é deixar as ideias de molho para retomar mais tarde. Quase sempre essa estratégia funciona, e dessa vez também não falhou.
Bem, a empreitada da última semana passou por todas as fases, inclusive aquela satisfação sem preço de ver o resultado e dizer "Yes, ficou bacana como sonhei!" (modesta a moça...rsrs).
Na missão de decorar as mesas do restaurante do filho para o jantar do Dia dos Namorados, desde o início me fixei na ideia de usar flores menos badaladas para a ocasião do que as consagradas rosas, e logo visualizei a beleza meio esquecida das camélias, ao meu ver, igualmente exuberantes. Começava  aí a maior tarefa da gincana "decorativa". Há muito lamento o quase desaparecimento de várias flores cultivadas em tantos jardins e quintais no meu tempo de criança. Talvez a pressa que rege nossas rotinas modernas tenha tirado do mercado as espécies que demoram a florescer, como as camélias. Prioriza-se aquela mágica de fazer nascer jardins da noite para o dia, com plantas glamourosas resistentes, que dispensam maiores cuidados e paciência de esperar crescer e  florescer. O certo é que ainda me espanto quando vejo palmeiras "brotarem" em horas, canteiros se colorirem de arbustos vistosos, simetricamente, num piscar de olhos. Definitivamente, prefiro a jardinagem à moda antiga, a torcida para que as mudinhas vinguem, a troca delas com as amigas, a delícia de ser surpreendida por uma novidade que os passarinhos trataram de trazer. 
Mas, voltando às camélias, depois de várias investidas com o olho espichado pelos pátios alheios sem sucesso, resolvi pedir socorro pelo Facebook, do tipo "procuro camélias, quem poderá me salvar?!". (rsrs) Considerem que as floriculturas raramente têm essas belezuras à disposição, por isso a dificuldade maior. Amigas então se mobilizaram, cada uma apontando um caminho, até que o universo resolveu dar também uma mãozinha e numa das indicações, lá estavam elas, lindonas, cor de rosa, a nossa espera. 
Com elas nas mãos, foi barbada compor os arranjos de acordo com o projetinho inicial. Sobre guardanapos de papel rendado, velas baixas em cima do pé de taças de espumante e o mimo confeccionado especialmente para os casais levarem como lembrança: geleia de pimenta preparada pelo filho, embalada em vidrinhos decorados com fitas e pimentinha de murano.
E o ambiente se vestiu de um romantismo suave, com um arzinho retrô, como, acredito, as relações amorosas andam meio carentes, e com um toque apimentado para aquecer o clima dos apaixonados. (Viram que lindo o painel com fotos antigas da cidade impressas em papel de parede?)
Na recepção, um convite para curtir a noite com o coração bem aberto (inspirado na Casa al Mare).
Enamorada do resultado da empreitada, fica a confirmação de que o velho e sábio chavão é a porta para as mais ternas alegrias: "Faz com o coração, e tudo flui, prospera, se ilumina". Amém.
Para conhecer um pouco mais do Vero, clique no link:
http://www.diariodecanoas.com.br/webtv/programas/458012/chef-vicente-sperotto-fala-sobre-o-corte-norte-americano-prime-rib.html