Quero pra colorir esta Sexta de Ideias, pra me juntar às companheiras queridas das craftices, mesmo que já seja quase sábado. Pra dar um destino bonito que justifique a coleção deles, de variados formatos, tamanhos e procedências (geleias, palmito, pepino, extrato de tomate...) que abarrotam o armário e quase me configuram uma acumuladora compulsiva. Pra, enfim, fazer a mágica aquela que tanto encanta as sucateiras de plantão, transformando o descartável em objetos com a assinatura do nosso gosto, aqueles que dão um calorzinho no peito quando a gente passa o olho. A ideia namorada há meses em vários blogs reúne "a fome com a vontade de comer", já que o material é o mesmo utilizado na minha produção das mandalas: tinta vitral e tinta relevo dimensional. Lembro que outra experiência nesse tipo de reutilização rendeu este móbile aqui, mas naquela época não conhecia o "pulo do gato" que faz toda a diferença na hora de pintar os potinhos de vidro. Vamos ver então como usar a "varinha de condão" para criar vasinhos...
e lanternas bem alto astral?
Com a tinta dimensional "desenhei" uma barrinha na parte superior do vidro, "no olho", sem me preocupar muito com a simetria.
Depois, preenchi com bastante relevo.
Colei algumas miçangas com a própria tinta relevo, deixei secar e só então experimentei o "pulo do gato": pintei a parte interna do vidrinho, com pincel médio, puxando bem a tinta.
A pintura, que fica manchada inicialmente, depois de seca ganha uniformidade, o que não acontece quando pinta-se por fora.
Um achado essa técnica mostrada pela Cris, do competente Vila do Artesão!
Para o vasinho, fiz alça com arame envelhecido (enferrujado pela umidade, com as marcas do tempo que adoro!), torcendo as pontas com alicate.
Colhi lavandas bem fresquinhas, nascidas na última semana no quintal, e flores de trevo, singeleza pura que brota na grama alta e dá até dó de aparar, para inaugurar o vasinho na parede.
A lanterna comportou uma vela pequeninha que produziu uma atmosfera azulada tão tranquila, serena, ingredientes que a gente preza ainda mais quando deixamos uma zona de turbulência, não é mesmo? E como ela logo viraria vaso, não poupei cliques, garantia de ter à mão a imagem daquela nuvenzinha de paz.Que ela chegue aí, levando um pouquinho da beleza que me ampara por aqui. Amém!