sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jardim suspenso

Fazendo jus à fama de sucateira e motivada pelo que a Laély mostrou aqui, os vidros estão em alta no meu radar do descarte. Garrafas de azeite, garrafinhas de leite de coco, de molho de soja, de temperos outros, embalagens de remédio, potinhos de tempero, de papinha de bebê... brilham de longe e vão se juntando na caixa de projetos. Um deles ganhou forma e cor, com tinta vitral, e conquistou seu espaço na sala. E como é tempo de celebrar a nova estação, floriram a parede com as surpresinhas do jardim que acorda a cada dia com novidades.
E para suavizar o efeito da grade na janela, a garrafinha de leite de coco, agora rosa, se juntou ao sino de vidro verde. E o casal trouxe uma alegria "Mangueira" a quem chega e sai de casa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Promessas cumpridas

A Katami, do blog Escaralhando os Fatos, encantada com uma bonequinha que encontrou pela blogosfera, pediu, implorou aos céus por uma (aqui). Seu "choro" comoveu e entusiasmou a encarar a empreitada de produzir uma menininha inspirada naquela outra. E assim a criaturinha nasceu e logo pegou a estrada lá para o nordeste. Semana passada, desembarcou nos braços de sua dona e, pelo que contou (aqui), foi paixão à primeira vista. Valeu o desafio de reproduzir uma peça sem sair muito da linha e sem inventar muita moda no caminho. Valeu a alegria da alma menina da Katami. A mocinha, toda faceira, recém-chegada na sua nova morada

E na morada daqui, a primavera também já cumpre com as expectativas, desabrochando em milagres, como na orquídea de chão, em brotos miúdos há menos de um mês...E hoje florida com viço e elegância de dama das flores.
"Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira."
(Cecília Meireles)

domingo, 20 de setembro de 2009

Férias (deliciosas) de 24 horas - último capítulo

Com a alma colorida pelo Caminhos de Pedra, tarde ainda pela metade, chegamos ao nosso destino: Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves.Não resisti a fazer uma gracinha com a camiseta pintada a dedo para uma edição do caderno infantil (quando que imaginaria, tão perfeita à temática do passeio).A Pousada Fornasier, há tempo namorada pelo site, fica no alto da montanha, recepcionando os hóspedes com um visual de tirar o fôlego.
As parreiras, que nesta época estão começando a acordar em pequenos brotos, cobrem as encostas prometendo muito trabalho no verão na produção do vinho, suco, licores.
Os produtos podem ser adquiridos na loja, no térreo do prédio principal, onde também fica o restaurante.
Ainda na entrada, suspiros e câmera apontada para a cascata que mesmo distante exibe-se em espuma enquanto o zoom a traz para perto.
Quando o sol avisa a despedida e aquarela o horizonte, continuamos o papo (que se desdobra num sem-fim) junto à piscina...
na companhia do fiel chimarrão, já que a semana é farroupilha.



À noite, um tempinho para conhecer o santo da casa: Antônio. Antônio também o gentil proprietário da Villa (hospedaria, vinícola), com uma disponibilidade admirável, mesmo quando são apenas duas hóspedes na pousada e toda a sua estrutura funciona a serviço delas (não é um luxo?). Ser bem-cuidado é agrado que não se esquece, alimenta a campanha que o blog aqui assina embaixo: "gentileza gera gentileza".No salão do café da manhã, utensílios decoram as paredes de pedra e nos levam de carona às cozinhas das nonas, mestras de forno e fogão.E nos jardins, flores, flores e mais flores, algumas acredito que em extinção, árvores frutíferas, temperos, chás, tudo plantado com originalidade e capricho.

Amarilis no canteiro da nona Tereza.
Gerânios de todas as cores.

E muitas roseiras de rosas miúdas, delicadeza em forma e cor, delimitando espaços como cercas-vivas, avivando o sonho da casinha branca de madeira com rosinhas na cerca.





Para nos despedirmos dessas 24 horas tão bem-vividas,
e revividas a cada post,
mais algumas imagens que também merecem
fazer parte das lembranças nessas paragens.
Na Casa da Ovelha, no Caminhos de Pedra, as criaturas fofinhas, ao vivo ou em pelúcia, estão por toda parte criando um ambiente lúdico e alegre. Seu leite é matéria-prima para uma variedade de queijos, iogurtes e doces. Na visita à fazenda, junto ao varejo, pode-se acompanhar a criação das ovelhas leiteiras e seus filhotes, e também a fabricação dos produtos.
Lá também as janelas enfeitam-se de tradição com as flores crochetadas.

Mais adiante, a Casa da Erva-Mate promete um chimarrão de primeira, mas a encontramos fechada. Fica a boa impressão da água fresquinha e das flores bem-cuidadas.

Um pouco antes fica a Vinícola Salvetti & Sirena, numa construção belíssima com pedras basálticas chamada cantaria. Sua produção de vinhos e suco é oferecida à degustação e, dessa vez, um golinho de tinto e outro de branco quebram o jejum do álcool.
O suficiente para relaxar, vestir a pele de turista e pagar o mico (porque o que seriam das histórias se não fossem eles a situar as memórias: Lembra aquela vez...?)
Jane, grazie per la bella compagna, amica!