Com a alma colorida pelo Caminhos de Pedra, tarde ainda pela metade, chegamos ao nosso destino:
Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves.

Não resisti a fazer uma gracinha com a camiseta pintada a dedo para uma edição do caderno infantil (quando que imaginaria, tão perfeita à temática do passeio).

A
Pousada Fornasier, há tempo namorada pelo site, fica no alto da montanha, recepcionando os hóspedes com um visual de tirar o fôlego.

As parreiras, que nesta época estão começando a acordar em pequenos brotos, cobrem as encostas prometendo muito trabalho no verão na produção do vinho, suco, licores.

Os produtos podem ser adquiridos na loja, no térreo do prédio principal, onde também fica o restaurante.

Ainda na entrada, suspiros e câmera apontada para a cascata que mesmo distante exibe-se em espuma enquanto o zoom a traz para perto.

Quando o sol avisa a despedida e aquarela o horizonte, continuamos o papo (que se desdobra num sem-fim) junto à piscina...

na companhia do fiel chimarrão, já que a semana é farroupilha.

À noite, um tempinho para conhecer o santo da casa: Antônio. Antônio também o gentil proprietário da Villa (hospedaria, vinícola), com uma disponibilidade admirável, mesmo quando são apenas duas hóspedes na pousada e toda a sua estrutura funciona a serviço delas (não é um luxo?). Ser bem-cuidado é agrado que não se esquece, alimenta a campanha que o blog aqui assina embaixo: "gentileza gera gentileza".

No salão do café da manhã, utensílios decoram as paredes de pedra e nos levam de carona às cozinhas das nonas, mestras de forno e fogão.

E nos jardins, flores, flores e mais flores, algumas acredito que em extinção, árvores frutíferas, temperos, chás, tudo plantado com originalidade e capricho.

Amarilis no canteiro da nona Tereza.

Gerânios de todas as cores.

E muitas roseiras de rosas miúdas, delicadeza em forma e cor, delimitando espaços como cercas-vivas, avivando o sonho da casinha branca de madeira com rosinhas na cerca.
Para nos despedirmos dessas 24 horas tão bem-vividas, e revividas a cada post, mais algumas imagens que também merecemfazer parte das lembranças nessas paragens.
Na Casa da Ovelha, no Caminhos de Pedra, as criaturas fofinhas, ao vivo ou em pelúcia, estão por toda parte criando um ambiente lúdico e alegre. Seu leite é matéria-prima para uma variedade de queijos, iogurtes e doces. Na visita à fazenda, junto ao varejo, pode-se acompanhar a criação das ovelhas leiteiras e seus filhotes, e também a fabricação dos produtos.

Lá também as janelas enfeitam-se de tradição com as flores crochetadas.

Mais adiante, a Casa da Erva-Mate promete um chimarrão de primeira, mas a encontramos fechada. Fica a boa impressão da água fresquinha e das flores bem-cuidadas.

Um pouco antes fica a Vinícola Salvetti & Sirena, numa construção belíssima com pedras basálticas chamada cantaria. Sua produção de vinhos e suco é oferecida à degustação e, dessa vez, um golinho de tinto e outro de branco quebram o jejum do álcool.

O suficiente para relaxar, vestir a pele de turista e pagar o mico (porque o que seriam das histórias se não fossem eles a situar as memórias: Lembra aquela vez...?)
Jane, grazie per la bella compagna, amica!