O calor abusivo do Sul, que hoje deu um abençoado recreio com a chuva da noite, me tira o norte, e fico pão-dura, medindo cada movimento, cada gasto de energia, lerda como a criaturinha aí abaixo. O escrever, que também faz parte do ofício, só dá para o gasto, e a inspir(ação), quando associada à transpir(ação), faz as malas e me deixa a ver navios num horizonte sem mar.
Então, nesses dias de aridez, nada como uma "pauta de gaveta", ou melhor, um "post de gaveta", pra fazer a vida andar.

Para quem como eu prefere a embalagem ao produto quando o assunto é alcoólico, a tartaruguinha marqueteira pode render um passatempo para espairecer e esquecer o que incomoda. Com as crianças, a brincadeira com certeza ganha uma dose maior de entusiasmo, e como elas estão de férias e as mães rebolando para livrá-las do tédio
(não é, Cynthia?), fica a sugestão. Esta aí, boêmia, ganhou forma com massa de biscuit, mas para os pequenos, a massinha de modelar é mais adequada e pode inspirar muitos outros personagens "tampinha".
Da gaveta
Se cozinhar é prazer, no verão ele também me abandona. Improvisar faz parte da rotina, com raras exceções. Não tão improvisado assim, o Frango na Cerveja, publicado na coluna Assim e Assado em 2006, volta e meia reaparece na mesa daqui, feito coringa, pela praticidade do "leva ao forno e foge da cozinha escaldante por mais ou menos 1 hora".
Se quiser experimentar, clica na imagem que a receita aumenta. Se quiser pecar duplamente, acompanha o prato com batatas fritas e uma loira bem gelada (e como prefiro as morenas, fico com uma Coca com gelo, sem limão).