


Lá também mora Papai Noel, numa casinha muito fofa. Deixamos os guris admirando a decoração da rua e corremos para bisbilhotar a morada. Tal filha, tal mãe! Minha mãe esqueceu seus quase 80 anos na calçada e incorporou a meninice, apontando uma coisa e outra eufórica, conversando com Noel como se ali só ele fosse velhinho, posando para fotos como menina faceira.

Já na ponta de um dos galhos da árvore genealógica, o neto dessa menina conheceu ontem uma "floresta" de pinheiros. Sem receio de estar incentivando-o a maus-tratos contra a natureza, fui com o sobrinho buscar nossa árvore de verdade, como sonhei nos últimos Natais passados em volta de um pinheiro de mentirinha made in China.
Dona Lígia é a guardiã dessa "floresta" com mais de 4 hectares, quase no miolo da cidade. Foi ela que se incumbiu de explicar ao Bruno que na base do tronco de cada pinheiro cortado brotam mais de um, e que por isso há muitas e muitas décadas a área é coberta das grandes árvores-símbolo do Natal e seus filhotes de vários tamanhos.
Minha reserva estava lá desde o finalzinho de novembro, no papelzinho pendurado na árvore um pouco mais alta que eu (ou seja, um filhote pequeno...rsrs).





Vejo a cena de fora e reconheço que também aqui trocam-se os papéis. Assumo os 9 anos do sobrinho conforme a árvore vai ganhando cor e desfio muitos e incontroláveis "Que linda!" a cada novo enfeite. E enquanto isso, o menino da era da instantaneidade, já entediado com a função, pergunta se vamos demorar muito... Mal sabe ele que continuo às voltas com o pinheiro trocando coisinhas, colocando mais algumas, espiando de longe, testando luzinhas, deliciando meus olhos com a vila que mora embaixo dele...
Mais alguns acertos e logo, logo ele estará aqui, combinado?(é preciso paciência com essa natalina...rsrs)