sábado, 18 de julho de 2009

Comfort image

Perfumando-se entre as toalhas macias, Bibi encontrou novo e inusitado lugar para se refugiar do frio, e a casa se derreteu...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Da mesa para a parede


Eles fizeram o maior sucesso nas casas das avós, exibindo estampas, paisagens, como presente de bodas de ouro e prata ou souvenirs resguardando viagens. Hoje, com o estilo vintage vestindo as casas com essa atmosfera que mescla nostalgia, delicadeza e o resgate do "lar doce lar", os pratos de parede voltam a ocupar espaços de honra formando coloridos patchworks de louça, cerâmica, porcelana.

As imagens garimpadas em diferentes sites de decoração são pura inspiração para abrir o armário e olhar com outros olhos os pratos guardados ou, quem sabe, esquecidos ali.
Por aqui, pintá-los tem sido um exercício de volta à infância, à morada das tias, às vitrines dos bazares, às comemorações que mereciam a "coberta de mesa" reservada a ocasiões especiais.









Agora, dê uma espiadinha na nossa produção aí embaixo...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Brincadeira de madrinha


Ando desbravando os caminhos blogueiros conduzida pela amiga Laély (http://saladala.blogspot.com/) , meu primeiro encontro significativo nas andanças virtuais. Com grande boa vontade, ela vem me assessorando com dicas e instruções valiosas. Então, a cada novo passo, recorro a Laély e o pedido de help é acolhido com generosidade e carinho. Por isso, a batizei de madrinha. Madrinhas têm essa capacidade de nos inspirar, encorajar e apontar o mapa para alcançarmos nossos desejos. Tenho madrinhas em diferentes áreas, todas com esse perfil doador, e muito das minhas conquistas têm a participação delas, seja no empurrão, seja no colo ou no ombro, na mãozinha para atravessar a dificuldade ou no pezinho para escalar o que parece inatingível.
Bom, foi a Laély então que propôs a brincadeira, e lá vou eu debutar em mais uma situação nova por aqui. Ela pediu a mim e a mais quatro blogueiras: vá aos seus arquivos pessoais, à sexta pasta, à sexta foto e faça um post no seu blog. Até aí, o risco maior seria um mico grande, e até tentei ser fiel às regras, mas a bagunça dos meus arquivos não permitiu. O que encontrei foi uma paisagem sem maiores significados. Então, como o assunto é madrinhas e afilhadas, fui na pasta ao lado e "pesquei" a foto com a minha sábia mestra e querida madrinha das mandalas, a Nilda. Como é semana do seu aniversário, esse é o meu presente virtual, embalado com a minha maior admiração e gratidão.
E para a brincadeira seguir em frente, aí vai a listinha das escolhidas para mostrarem também suas sextas fotos:



Vamos ver o que elas nos reservam...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Nando d´Ávila - Ao vivo entre amigos



O cd póstumo de Nando d´Ávila
Dedicado a Remy e Zely d’Ávila (in memorian), à Nésia Prompt, ao compositor Sidnei Aguiar e ao maestro José Pedro Boéssio (in memorian)




AO VIVO, ENTRE AMIGOS resgata a música e a memória de Nando d´Ávila, compositor, músico, jornalista e ecologista gaúcho, falecido em 1999, aos 45 anos. O cd foi produzido por amigos do Vale do Ser – Desenvolvimento Humano, Arte e Cultura e reproduzido através da Secretaria Municipal de Cultura de São Leopoldo, cidade onde Nando nasceu e viveu por cerca de 30 anos.

É um disco íntimo, que revela o artista em sua própria morada. Nando gostava da qualidade das coisas feitas em casa. Ele apreciava as noitadas musicais ao lado do fogão à lenha e os longos cafés da manhã. Nas conversas no jardim e nos passeios com as crianças, costumava tirar do bolso uma antiga lente de aumento. Com ela, era possível desvendar detalhes das folhas secas ou das asas de uma borboleta.

Além das histórias que gostava de contar, este cd reúne 11 músicas próprias, quatro parcerias, uma versão e uma canção de autoria de Sidnei de Aguiar, o parceiro-compositor mais admirado por Nando. As gravações originais foram feitas em seu próprio quarto, em 1987, 1989 e 1993, através de um bom e antigo aparelho Polivox. Nando e Sidnei têm cerca de 15 fitas gravadas em parceria.

A forte musicalidade de Nando já se revelou aos 12 anos, quando ele iniciou o estudo de violão. Essa foi uma saída criativa para um menino moleque, que, ainda bebê, foi atingido pela poliomelite. O compositor nasceu em seguida, aos 16 anos, com Por Meio das Contas. Aos 18, Nando já tinha feito uma de suas músicas mais conhecidas: Sete Povos.Os tempos difíceis da ditadura militar na América Latina tiveram como contraponto – especialmente no Brasil - a energia rebelde dos anos 70. Nando absorveu tanto a leveza inovadora da Tropicália, em Caetano, Gil e Gal, quanto os cantos revolucionários de Chico, de Mercedes e de Violeta Parra. Como resultado de tal mistura, compôs verdadeiros primores.

Já em 1978, o seu nome despontava entre os seis melhores novos compositores gaúchos, apresentados no histórico disco Paralelo 30, produzido por Juarez Fonseca. Foi um tempo de muitos shows e de turnês. Porém, cerca de seis anos depois, Nando já não queria mais a roda-viva dos teatros e dos bares, nem mesmo a disputa por espaços em rádios e a cansativa busca por gravadoras no centro do País. A sua música agora seria feita e tocada “para os de casa” e ele se dedicaria mais ao jornalismo.

Poucos anos depois, Nando decidiu viver em meio à natureza, “em uma casinha branca, cercada de laranjeiras e de jabuticabeiras”. Era assim que descrevia sua morada no Travessão, no pé da serra gaúcha, em Ivoti. Foram tempos de plenitude e de criação, quando uma nova musicalidade se revelou em suas composições: agora era um canto de pura celebração à Natureza, à vida e à amizade.

Doze anos se passaram até que, de repente, a sua vida foi interrompida por um câncer linfático avassalador. Até o último momento, Nando estava certo de que venceria a doença, voltaria a tocar e a escrever livros. Mas... antes de tudo, dizia ele, desceria as cachoeiras do Vale do Ser, levando consigo a sua infalível lente de aumento.

A morte chegou às 7h da manhã, em 27 de maio de 1999. Até o final do ano seguinte, a sua música continuava sendo cantada nas praças e nos teatros da Grande Porto Alegre. Era o maestro José Pedro Boéssio, que, com seus arranjos para orquestra e coro, difundia e destacava a obra de Nando e de Sidnei. Porém, também ele, o nosso generoso maestro, partiu de modo abrupto, em 28 de janeiro de 2001, em um acidente de trânsito.

Por toda essa história e, especialmente, pelo registro de sua obra em cd, a oportunidade de ouvirmos hoje a voz e a música de Nando d´Ávila é “ um alento em noite alta”. A fineza, a humanidade e o viço de suas canções são “um par de asas” para quem busca retornar – mesmo que por um único instante - ao primado da delicadeza humana. Ao vivo, entre amigos é um resgate, mas é também uma homenagem ao Nando e ao seu maestro. É o fim do silêncio. É pura celebração! É pura gratidão!


Evânia A. Reichert
Associação Vale do Ser - Desenvolvimento Humano, Arte e Cultura

Outono de 2009


AS MÚSICAS DE "AO VIVO, ENTRE AMIGOS"
1. Calor de outonoNando d´ Ávila2. Moranguinho (Fraise-des-bois)Versão: Nando d´Ávila3. Trilha SonoraNando d´ Ávila4. MamelucoNando d´ Àvila5. Melodia e NoiteNando d´Ávila6. De Mão no Bolso Chutando Pedras (instrumental)Nando d´Ávila7. Caminho das Cabras ( Fogos )Nando d´ Ávila – Sidnei Aguiar8. Sete Povos (SIETE TIENDAS DE LAS MISSIONES)Nando d´ Ávila9. BeabáNando d´ Ávila`10. PostaisNando d’ Ávila e Zé Caradípia11. Aves MigratóriasNando d´Ávila12. Lua da MansardaNando d´Ávila13. AlvoradasNando d´ Ávila e Sidnei Aguiar14. Comportamento ExemplarSidnei Aguiar15. Canto CisplatinhoNando d´Ávila16. CururuaíSidnei Aguiar / Nando d´ Ávila17. Estrela do FuturoNando d´ Ávila

Do blog: http://nandodavila.blogspot.com



Lançamento
O CD será lançado no próximo domingo (19/07), às 19h30min, no Espaço Pensamento da São Leopoldo Fest. Amigos do Nando, vamos lá driblar a saudade desse "baixinho" amado, bênção em nossas vidas, pela sua poesia musicada?


domingo, 12 de julho de 2009

Ao Sol...

... desse domingo de inverno, depois de quase uma semana de chuva em todas as suas modalidades - garoa, chuva forte, chuvisco, neblina quase chuva... - em coro, os gaúchos entoaram um só mantra de pura alegria: Ele voltou! E as ruas, parques, estradas, praças, jardins, quintais povoaram-se de sorrisos, chimarrão, bom papo, bicicletas, bolas, livros, tricô, bergamotas, numa reverência sincronizada a sua majestade.
Em Ivoti, no Buraco do Diabo, o núcleo de casas enxaimel com sua feira de produtos coloniais, flores e artesanato me acolheu Ao Sol.







O Sol dispensador de vida

Nada em todo o cosmos se compara ao poder transformador do Sol, que nos confere até mesmo a possibilidade de enxergar. Perigoso em toda a sua força (como o deus Zeus, que nenhum mortal podia olhar sem correr o risco de virar cinzas), o Sol é também pura energia de vida.


"Sempre que precisamos imaginar uma fonte infinita de energia, ou qualidades ilimitadas de qualquer espécie, o Sol nos proporciona um símbolo perfeito, fácil de usar na meditação. Por exemplo, podemos nos imaginar como uma fonte infinita de amor, que se irradia para todos, derramando-se sobre a nossa família, os nossos amigos, conhecidos e estranhos da mesma maneira, numa radiância que a tudo envolve. Nenhum outro fenônemo tem essa conotação de abundância infinita e dispensadora de vida. Assim como, em muitas religiões, os mortais não podem olhar diretamente para a divindade, nós também não podemos apreender o poder assombroso do Sol. Contudo, podemos "visualizá-lo" como uma explosão de luz e força, e para isso basta olharmos à nossa volta, à luz do dia, para observar como o Sol espalha os seus benefícios em todas as direções. As nossas próprias energias espirituais e a nossa capacidade de dar não são menos magníficas. " (Do livro Mandalas da Natureza, de Liza Tenzin-Dolma, pela Editora Pensamento)