... das chaminés dos fogões e lareiras anunciam que a tão aguardada neve chegou ao Sul, ponto alto do inverno gaúcho, na congelante noite passada. Mais uma vez, o antigo desejo de ver o espetáculo fica dormindo na gaveta dos sonhos, porque se vivo num "eterno domingo" nessa nova rotina mansa, em volta, o "povo" de perto segue com suas agendas lotadas de um sem-fim de compromissos. Quem poderia se dar ao luxo de subir à serra em plena quarta-feira de trabalho?... Então, fico por aqui, feito ostra, plagiando a amiga Taia, rastreando as novidades climatológicas à distância...
enroupada como a chola no meu baú, faltando apenas o chapéu (que me lembrou dessa outra amiga aqui desfilando com um bem parecido)...
e com os pés sobre a bolsa de água quente para ressuscitarem do estado "picolé", vestidos das meias tricotadas há muitos invernos pela amiga Susi. Susi que veio da terra da neve intensa, do fondue, chocolate e canivetes famosos, que ama o verão tropical e garante que nevasca é muito linda como acontece no Rio Grande, por tempo curto, porque mais do que isso é ideia romanceada (será?) vendida nas telas, páginas, fotos... Seriam as violetas-dos-Alpes propaganda enganosa, Su? Viradas do avesso, essas meninas que já nascem "do contra" e logo mudam as regras do jogo, curvando-se e movimentando suas pétalas para o alto em pose de rainhas, enfrentam o frio sem perder a elegância, honrando suas raízes europeias, e me encantam.
Honrando pouco minha origem, "apanho" para fazer um fogo, mas "fumegar" é preciso, mesmo que a neve esteja a 100 km...
mais ainda quando o gás termina já quase madrugada, o botijão reserva está vazio e os pudins para a festa da sobrinha precisam cozinhar... Final feliz para a sobremesa que teve calma, passou a noite em banho-maria e terminou de assar no forno do fogão na manhã seguinte.
Sinais (evidentes) de fumaça, que não me incomodam nenhum pouco, estão por todos os cantos da casa, nas roupas e nas invenções dos últimos dias, como nas almofadas que aquecem a vontade de crochetar, costurar, pintar...
e lembram dos ciclos: a estrela de lã, tão convidativa a um abraço nesse invernão, e a fada de seda (nascida numa fase curta de entusiasmo pelo trabalho "trabalhoso" da pintura em seda e costurada nesta semana), tão suave e geladinha, à espera de um colo no verão. Entre elas, a menina feliz, incorporada de primavera. Todas, devidamente defumadas, incluindo-me (rs)...
e o Bibi, que mesmo com seu casaco de pele, busca refúgio nos lugares mais inusitados, de preferência as sacolas, paixão sua em todas as estações.
E sigo por aqui rezando a mesma reza de muitos gaúchos: Que não me falte lenha, nem teimosia para continuar amando o inverno. Amém! (Aguardo sinais de fumaça daí... rs)
enroupada como a chola no meu baú, faltando apenas o chapéu (que me lembrou dessa outra amiga aqui desfilando com um bem parecido)...
e com os pés sobre a bolsa de água quente para ressuscitarem do estado "picolé", vestidos das meias tricotadas há muitos invernos pela amiga Susi. Susi que veio da terra da neve intensa, do fondue, chocolate e canivetes famosos, que ama o verão tropical e garante que nevasca é muito linda como acontece no Rio Grande, por tempo curto, porque mais do que isso é ideia romanceada (será?) vendida nas telas, páginas, fotos... Seriam as violetas-dos-Alpes propaganda enganosa, Su? Viradas do avesso, essas meninas que já nascem "do contra" e logo mudam as regras do jogo, curvando-se e movimentando suas pétalas para o alto em pose de rainhas, enfrentam o frio sem perder a elegância, honrando suas raízes europeias, e me encantam.
Honrando pouco minha origem, "apanho" para fazer um fogo, mas "fumegar" é preciso, mesmo que a neve esteja a 100 km...
mais ainda quando o gás termina já quase madrugada, o botijão reserva está vazio e os pudins para a festa da sobrinha precisam cozinhar... Final feliz para a sobremesa que teve calma, passou a noite em banho-maria e terminou de assar no forno do fogão na manhã seguinte.
Sinais (evidentes) de fumaça, que não me incomodam nenhum pouco, estão por todos os cantos da casa, nas roupas e nas invenções dos últimos dias, como nas almofadas que aquecem a vontade de crochetar, costurar, pintar...
e lembram dos ciclos: a estrela de lã, tão convidativa a um abraço nesse invernão, e a fada de seda (nascida numa fase curta de entusiasmo pelo trabalho "trabalhoso" da pintura em seda e costurada nesta semana), tão suave e geladinha, à espera de um colo no verão. Entre elas, a menina feliz, incorporada de primavera. Todas, devidamente defumadas, incluindo-me (rs)...
e o Bibi, que mesmo com seu casaco de pele, busca refúgio nos lugares mais inusitados, de preferência as sacolas, paixão sua em todas as estações.
E sigo por aqui rezando a mesma reza de muitos gaúchos: Que não me falte lenha, nem teimosia para continuar amando o inverno. Amém! (Aguardo sinais de fumaça daí... rs)
19 comentários:
Alo,Rosana!
E o inverno gaucho, esse desconhecido dos cariocas? (Rs...Rs... )
Fico ca, mais ao norte, imaginando esses tantos "sinais de fumaca"...A necessidade de aquecer os corpos e os espiritos, e a existencia desse cerimonial que se estabelece diante das fontes aquecedoras familiares... E que nos transmitem, em meio ao frio sorrateiro, uma imagem de aconchego tao magico!
Mas nao pense que aqui mais ao norte estejamos imune aos bracos gelados do inverno...O Rio amnheceu com cara de chuva e um friozinho veio se estabelecer por estas paragens... E a cariocada correu pra pegar os casacos, que andam meio deslocados neste meio de inverno com cara de primavera. E eu corri pra lembrar ao fogao, que hoje estava pedindo uma boa e velha sopa de legumes com carne...
Mas sabe? Se eu fosse uma nuvem errante, daquelas sem eira,nem beira e sem destino, eu pegava uma carona nos ventos que sopram pro sul...E iria flutuar pelas altas serras, pra espiar a neve bem branquinha caindo la de cima, do mais alto e limpido azul!
Meu abraco caloroso e carioca pra ti!
Teresa
Oi Rô!
Também gostaria de ter ido ver a neve!
Aqui em casa o que aquece mesmo ou é o ar condicionado ou a correria das crianças!rsrsrsrs
Mas o Bibi está lindo nessa sacola, pronto pra viagem!rsrsrsrs
Bjkas
Olá, Rosana.
Já passei por aqui outras vezes, mas é a primeira vez que escrevo. Adoro suas fotos e seus textos. Sua casa é um encanto e amei ver "O Beijo" do Klimt na sua parede. Me lembrei das geladas férias que passava na casa dos meus avós no Paraná. A louça sempre era minha... Por que será? (rs) Mas que alento ter um fogão à lenha na cozinha! Ali, assávamos cucas e nos reuníamos para tomar café e conversar. Tenho saudades daquela casa e do frio também.
Um abraço,
Andréa.
Mas barbaridade guria...se sou eu neste frio todo estava toda defumada também, isto não é vida para mim. E olhe que assim como o Bibi tenho uma capa de pele grossa...rsrsrs. Mas quem nasceu no Norte do Norte sempre será. E não há beleza suficiente na neve que me faça subir a serra gaúcha, fico com os filmes mesmo...um pijama de flanela e um chocolate quente...e quem sabe um dia terei meu fogão a lenha para me defumar. Beijocas. (Mande-me por favor seu endereço pelo email nataliassuncao@gmail.com que a Vera está indo amanhã para o Brasil)
Rosana querida
Me emocionei com o teu post!!!
Cheguei a sentir o cheiro da lenha queimando no fogão e das lareiras "fumegando".
Pudim...
Ahh que saudades do meu Pago!
Parabéns pelas imagens e pelo post!
Lindo!!!
Beijos
Olá Rosana, adorei ver alguns cantinhos de sua casa, o frio castiga, mas também tem seu lado bom, deixa tudo mais aconchegante!Tenho um amigo que morou no Japão e diz que a neve atrapalha muito a vida das pessoas e que levou muitos tombos nas ruas por causa dela rssrrs. Esses seus pudins estão de dar àgua na boca, os meus murcham quando saem do forno, parecem pneus furados hehehehe. Meus gatos também adoram uma sacola e também caixas de papelão, é só colocar uma em algum ponto da casa, eles entram e quando a gente se esquece deles, nos dão bote quando passamos pela tal caixa para nos assustar! Mas quando está frio mesmo eles gostam de deitar em cima do aparelho da NET que fica muito quente ligado, mas frio aqui é coisa raríssima! Pena que não deu pra vc subir a serra pra curtir a neve! Beijos
Rosana, deu para imaginar a intensidade do frio que está fazendo aí...uuuiii!!! Nasci numa terra fria aos pés da Serra do Caparaó, bem perto do Pico da Bandeira mas não curtia muito o inverno. Agora, morando perto da praia, numa cidade onde faz calor praticamente o ano todo, tenho sentido falta do friozinho (leve e curto...rss) gostoso.
* Obrigada pelo recadinho carinhoso pela passagem de meu aniversário e pelo convite para o "clubinho".
Bjs!
Teresa, por aqui também o cardápio é sopa e sopa, adoro! (rs).Filho, que não gosta, diz que vamos enfraquecer (imagina, com tanta reserva calórica...rs). Querida carioca, sinto-me abraçada e quentinha sempre que me visitas. Beijo
Cris, também me rendi ao ar condicionado do quarto na última noite, mas não gosto muito não. Viu só que malandro esse Bibi! Curta os pequenos que te aquecem! Beijinho
Andréa, bem-vinda aos comentários! É sempre uma alegria encontrar gente nova debutando por aqui. As casas da nossa infância são um tesouro que nos marcam pra sempre, né? Adoro "O Beijo"! Abraço grande
Taia, acho até graça quando as pessoas reclamam do cheiro da fumaça das suas lareiras e fogões. Deve ser meu sangue bugre, sou "casca grossa" mesmo (rs). E dá-lhe fogo, porque hoje a neve chegou aqui derretida, num chuvisqueiro gélido. Já mandei o endereço, tá? Beijão
Ô, Carmem, me aperta o coração quando os gaúchos que estão longe manifestam suas saudades. Beijo, querida
Cecília, na verdade, este foi o maior e melhor pudim que já fiz, com a receita do filho chef, nada de muito diferente, mas em quantidades que arregalaram meus olhos: 3 latas de leite condensado, 3 de leite e 9 ovos, batidos no liquidificador e assados em banho-maria no forno (costumava cozinhar em cima do fogão). Dei pulinhos de alegria quando desenformamos! Experimenta! E a neve, ah, um dia ela não me escapa (rs)! Beijos
Nárriman, amiga do "clubinho dos 50", nosso inverno esse ano tá longo e rigoroso, mas tiro de letra, ainda mais quando lembro do calorão do nosso verão e do vocês também. Nossa, Vitória fervia quando estive aí em fevereiro! Mas, gosto não se discute mesmo, né? Beijos
Vou começar rindo (e que o marido que ODEIA o frio não me ouça) :"Que não me falte lenha nem teimosia para continuar amando o inverno." Pior é que decretei que enquanto costuro não tem fogo pra não defumar os tecidos! Mas êta friozinho, hem?
Beti, lembrei do teu decreto quando fazia o post e até pensei em citá-lo, depois me perdi na "costura" dos parágrafos e imagens. Menina, imagino o horror que tem sido esse invernão pra quem não gosta, né? Beijo
Rosana,consegui me transportar até ai enquanto lia esse post,senti o cheirinho da lenha queimando acredita?
To aqui curiosa para ver a almofada.
beijos
oi Rosana- realmente o inverno caprichado destes é romântico para se passar alguns dias, me lembro das madrugadas gélidas que mesmo assim tinha que sair daquela caminha quentinha e enfrentar o frio lá fora, o busaõ cheio , mais cheio ainda de tanta gente com trezentos casacos...tomar banho, trocar de ropua, até o escovar de dentes e lavar o rosto - ai jzuis- e eu sou a legitima pe´frio sempre- adorei tuas meias- e eu tambem mesmo assim sempre com minha bolsa de agua quanete , aquecedor....chá quente - não tive este privilegio de ter este fogãozinho charmosinho e mas vale com cheiro de lenha queimada do que passar frio- e este ano o frio veio mesmo aí- adorei aquela almofada da menininha - fofa demais e é claro o gatão lindo e esperto procurando um lugar para se aquecer
e obrigada por participar do sorteio lá no bloguito
bjs
lú
Nossa, essa semana foi de castigar mesmo. E ainda tem gente que gostar de questionar se o povo gaúcho é ou não é o mais valente do país. Ao contrário de ti, né tia, sou da turma que adoooraaa o verão mas é inegável o encanto e os prazeres que uns diazinhos de inverno nos proporcionam. Só não precisava ser tão rigoroso assim ne´... rsrrsrs.
Ah, olha só. Mirando o teu post percebi que ganhei de formatura uma flor branca igual a esta da foto. Queria saber como cuidá-la, se é de vaso ou se dá para plantar no jardim. É realmente muito linda.
Beijocas
Tina
Susi, chaminés fumegando lembram conto de fadas, né? Deve ser por isso que essa imagem me encanta tanto. Tô terminando a almofada. Adorei fazer a flor com tira de malha de algodão... tenho até medo do que pode acontecer com as camisetas (rsrs). Beijos!
Lúcia, parece que teremos uma trégua de frio forte nos próximos dias, e acho que estamos precisando mesmo de um sol quentinho pra "tirar o mofo"... O fogãozinho não serve pra cozinhar, só pra aquecer o ambiente, e é uma paixão minha, sonho de criança há pouco realizado. Na casa da minha mãe nunca tivemos fogão à lenha, e eu sempre namorando um... Parabéns pela participação na Villa. Super merecido! Beijo!
Tina, viu o pudim histórico da tua festa? (rsrs) Vi que aí o fogão à lenha funcionou a milhão também, né? Querida, as tais violetas dos alpes dizem que não devem ganhar muita água, então, tô regando a cada 3 dias as minhas. E acho que elas devem ficar no vaso mesmo, talvez um maior, para poderem se expandir. Dá uma olhada no link que fala sobre elas, clicando no nome da flor. Beijinho
Rosana, o Aécius tem acompanhado com entusiasmo as notícias sobre a neve, pelo sul.
Fico aqui, naquela vontade de luxo que seria, ler as previsões do tempo à noite e, pela manhã, pegar o avião para testemunhar o fenômeno metereológico raro.
Lembrei do Ricardo, o da Aldeia, dizendo que isso só ocorre, a cada 10 anos. Foi pontual, pelo visto.
Enquanto você por aí, sonha com companhia pra subir a serra eu por aqui, sonho com tempo e dinheiro, para tal( rs).
A almofadinha de crochê e a menininha são irmãs das minhas.
Por que será, que todo gato adora caixas e sacolas, não? Freud explica?! Talvez, seja um desejo de voltar ao útero materno(rs).
Saudade.
Abraço, pra esquentar!
Olá Rosana !!!
Obrigada pela visita ao blog e boa sorte no sorteio.....
Ai.... que fiquei com uma invejinha branca do frio ai do Sul, me fez lembrar de quando morei em outro pais ...me trouxe lembranças ótimas....Vou ficar aqui sonhando...
bjs
Tia, esse pudim tá dando o que falar. Todo mundo que eu converso tem elogiado muito a festa, a comida e as sobremesas. Aí no meio da conversa sai um: "Olha tava tudo muito bom mas aquele pudim tava uma loucura!" Hehehehe
Tentei entrar no link das violetas mas dá uma mensagem de internet ou página indisponível.
Ganhei também uma orquídea, linda amarela (a tua cor né ... rsrsrs), enorme e também não sei como cuidá-la.
O fogão aqui tá bombando e precisamos marcar um encontro logo, logo.
Rosana suas postagens nos remetem a contos de fada! Seu colocasse um fogao desses aqui em casa acho que todo mundo sairia correndo de calor rs!
nos quatro dias passados fez frio aqui, dormi com um manta e um edredom e noite passda vesti uma blusa de moletom tambem.
Voce acredita que com pouco tempo de frio o povo ja reclama, nao gosto de pensar que em breve o calor vai aumentar..
o seu gatinho fico muito sapeca nesta foto, e o trabalhinho com os ovinhos ainda quero fazer ;)
abraços!
Ai Rosana, que coisa mais mimosa, embora eu também não seja fã de frio, parecia tudo tãaaooo bom, inclusive as meias de lã...e o pudim? Nham...agora a cuia e a chaleira, eram tão lindinhos, custa acreditar que coisinhas tão pequenas possam carregar tantos detalhes, não é? E acho que vc tem razão deve caber em alguma daquelas prateleiras!! Bjo carinhoso...
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