Com as iguarias produzidas na cozinha da pousada para o café da manhã que recepciona os hóspedes com um desfile de bolos, tortas, pães, frutas, um jeito doce e delicioso preparado e servido pelos proprietários, que acorda o apetite e convida a estender a refeição sem pressa, mesmo que lá fora o Sol lembre que a serra nos espera para desbravá-la.
Estamos em miniférias, e se me falta o hábito no dia-a-dia de sentar numa mesa sortida para começar a jornada com uma rotina saudável, brinco de ser pessoa comprometida com a alimentação regrada e cumpro o ritual do início ao fim. Um sacrifício (rsrs) que dá partida com as frutas porcionadas, os cereais, iogurtes, sucos, passa para o café com leite reabastecido mais de uma vez, e segue com os pães (destaque para os cachorrinhos-quentes de uma massa tenra e verdadeiramente quentinhos), sem esquecer em nenhum momento de reservar um bom espaço para o grande final: os bolos de laranja, coco, mamão*, banana, a cuca cremosa e a estrela do bufê: a cheesecake de amora.
Enquanto nos entregamos a essa orgia de sabores, vamos tentando identificar os ingredientes e modo de fazer das receitas, até que... bingo!: ao menos uma delas, a cuca cremosa, é velha conhecida e frequentadora assídua do meu forno, conto entusiasmada à Laély, já propagandeando o jeito vapt-vupt de prepará-la. Sinto-me salva. Quando a saudade desse momento bater à porta do coração, posso recuperá-lo indo pra cozinha juntar farinha, ovos, leite condensado... e enquanto a cuca assa, trazer o cenário da Aldeia e das companhias para a linha imaginária e, depois, curtir o faz-de-conta de voltar no tempo enquanto saboreio a lembrança e o doce caseiro.
Antes disso, aproveito uma manhã em que a visita querida ainda está ao lado para mostrar a ela a confecção da receita, já pensando em repassá-la a vocês. Aprovada por seu paladar de formiguinha, Laély não pensa duas vezes em levar uma porção da cuca preparada a quatro mãos na sua mala de bolinhas. Soube que chegou meio desestruturada, mas mesmo assim foi devidamente degustada por sua turma de meninos.
Vamos à receita?
Enquanto nos entregamos a essa orgia de sabores, vamos tentando identificar os ingredientes e modo de fazer das receitas, até que... bingo!: ao menos uma delas, a cuca cremosa, é velha conhecida e frequentadora assídua do meu forno, conto entusiasmada à Laély, já propagandeando o jeito vapt-vupt de prepará-la. Sinto-me salva. Quando a saudade desse momento bater à porta do coração, posso recuperá-lo indo pra cozinha juntar farinha, ovos, leite condensado... e enquanto a cuca assa, trazer o cenário da Aldeia e das companhias para a linha imaginária e, depois, curtir o faz-de-conta de voltar no tempo enquanto saboreio a lembrança e o doce caseiro.
Antes disso, aproveito uma manhã em que a visita querida ainda está ao lado para mostrar a ela a confecção da receita, já pensando em repassá-la a vocês. Aprovada por seu paladar de formiguinha, Laély não pensa duas vezes em levar uma porção da cuca preparada a quatro mãos na sua mala de bolinhas. Soube que chegou meio desestruturada, mas mesmo assim foi devidamente degustada por sua turma de meninos.
Vamos à receita?
Ingredientes da farofa: 100g de manteiga sem sal em temperatura ambiente, 1 xícara de açúcar, 1 colher (sopa) de fermento em pó, 3 colheres (sopa) de maisena, 1 ovo, 2 1/2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher (sobremesa) de canela em pó
Ingredientes do recheio: 1 lata de leite condensado, 1 lata de creme de leite, 2 latas de leite, 2 gemas peneiradas, 3 colheres (sopa) de maisena
Modo de preparo:
Prepare a farofa juntando todos os ingredientes até formar uma mistura granulada. Reserve.
Para recheio, misture também todos os ingredientes e leve ao fogo mexendo até ficar cremoso.
Unte um refratário e distribua metade da farofa, o recheio e o restante da farofa.
Leve ao forno em temperatura alta por cerca de 30 minutos ou até a farofa ganhar um dourado leve.
Variações: acrescente frutas fatiadas (banana, maçã, morango) entre a primeira camada de farofa e o creme.
Enquanto os capítulos da estada da Laély no Rio Grande vão sendo repassados aqui, e os dias partilhados começam a ganhar aura de passado, lembro desse conselho e deixo-o registrado como uma bela receita para temperar a vida:
Se sua vida não tem saudades, crie-as. Viver sem este sentimento é o mesmo que cozinhar sem sal (ou açúcar)... O sabor vai embora. (Saul Brandalise). Amém!
*O bolo de mamão continua em laboratório, testado aqui e lá, na Sala da Lá, enquanto buscamos desvendar a alquimia dos ingredientes, que até então só resultou em estranhos pudins. Como teimosia é do nosso feitio, assim que acertarmos a mão repassaremos a receita, seus segredos e estaremos mais em paz (rsrs).
11 comentários:
No dia que eu tiver creme de leite e leite condensado para comprar aqui no Congo também a farei...rsrsrs. Vou trazer umas latinhas do Brasil em julho. Doce post. Beijocas e bom início de semana!
Aaaaaaah, então era essa receita de bolo de mamão que vcs estavam tentando fazer... noooossa, deve ser difícil, hein, pela própria consistência da fruta.
Adorei a frase sobre saudade.
Agora dá uma passadinha lá no blog pra ver umas menininhas lindas bordando!
Beijão
Helena
Meu dia começa bem,receita anotada e dicas repassadas. Rosana,minha viagem virtual continua e ja penso,o que sera para o proximo post.
bjs querida.
Hummm vou fazer aqui em casa para a visita da mamy aos sábados!!! Bjs
Êta gostosura! Tô com vontade de tudo. Passear nesse lindo lugar, degustar todas essas maravilhas e vou, é claro, me arriscar a fazer essa receita aqui em casa. Depois conto o resultado.
Mas, Rosana, essas fotos e seu olhar que se transforma em poesia deixa a gente com o coração batendo de alegria.
Beijocas pra você!
Taia, sabia que os chefs torcem o nariz pro leite condensado? Alta confeitaria vai de açúcar... Imaginas então a vaia que levo com minhas receitinhas populares, né? Boa semana pra ti também, querida! Beijo
Ô, Alexandre, fico esperando pelo nosso café, quem sabe num cenário serrano também, né? E quem sabe um dia não seremos vizinhos... Beijo!
Helena, continuo na saga do bolo de mamão... Outra versão no forno enquanto faço uma reza boa.(rsrs) Já vi as menininhas, lindas, ensaiando como mulheres de "serventia". Beijinhos pra todas!
Susi, amiga de fé que pega carona e segue junto até o último capítulo, na tua companhia a viagem fica muito mais bonita. Beijos!
Cecília, depois me conta como ficou, tá? Beijo! Boa semana!
Mari, conta mesmo! Que bom que a Aldeia alegrou o teu dia também. Beijos gelados do Sul!
Pois eu já lhe entreguei, que quase entreguei os pontos: não acerto o ponto, do tal bolo misterioso de mamão.
Senti a falta do "making off" a quatro mãos...rsrs
Verdade que a cuca, mesmo chegando desmontada foi consumida, até o fim.
E, como você deixou uma frase, deixo a minha, relembrando Saramago:
"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória".
Física e espacialmente já estou longe, mas as memórias, continuam bem próximas e frescas, como esse café da manhã...
Um beijo!
Hehehe...com todo respeito aos chefs e ao filhote...eles não sabem o que é viver no Congo. Meu reino por uma lata de leite condensado...tá bom, menos bem menos. Mas que faz falta, ah isso faz. Beijocas!
Esse café da manhã é realmente dos deuses.Acho que eu passaria a manhã toda ali tranquilamente. Adoooro café na serra. Ao contrário de ti, penso que este banquete é umas das "poucas" coisas boas da estação do frio ... hehehehe ... beijocas
Tina
Salivei!!!
Vou ter que esperar um pouquinho, mas ahhh vou fazer essa cuca sim!
Bjkas Rô!
This is really amazing. Such detail!
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